domingo, 22 de novembro de 2020

ESTRATÉGIA MARXISTA, VIOLÊNCIA E O PAPA

 


Valter de Oliveira

 

Marxistas procuram tomar o poder de dois modos: pacificamente, pela democracia, e pela Revolução.

Não é opinião minha. É o que encontramos nos textos marxistas e até em programas de certos partidos políticos socialistas ou comunistas.

Outro ponto fundamental do marxismo é a defesa da luta de classes. Relembro o texto:

"(...) A história de todas as sociedades passadas é a história da luta de classes.


 O homem livre ou escravo, patrício ou plebeu, barão ou servo, numa palavra, opressores e oprimidos, estiveram sempre em luta uns contra os outros, sem quartel, por vezes dissimulada, por vezes aberta, e que terminou sempre por uma transformação revolucionária da sociedade, ou pela destruição simultânea das classes em luta.

Mas nossa época, a época da burguesia, tem de peculiar o fato de que simplificou a oposição de classe. Cada vez mais, a sociedade se divide em dois grandes campos inimigos, em duas grandes classes diametralmente opostas: a burguesia e o proletariado".  (K.MARX, F. ENGELS – Manifesto Comunista)

Com o tempo, o desenvolvimento do capitalismo e a melhora das condições sociais e de trabalho tornou cada vez mais difícil para os marxistas transformar os trabalhadores em revolucionários.

Criaram uma nova tática: criar e ou exacerbar problemas e conflitos em proveito da própria causa. Inclusive partindo para a luta armada.

Querem exemplos? Vamos lá.

Um dos mais importantes foi a questão da raça. Levando em conta injustiças reais gravíssimas como o odioso apartheid,  souberam se aproveitar e se apropriar da causa dos negros por direitos civis e sociais. Nos EUA, principalmente, souberam usar da influência de Martim Luther King bem como dos movimentos negros radicais, em proveito de seus objetivos maiores.

Em nações em que não era possível ganhar com a causa da raça criaram polaridades de origem nacional. No Canadá procuraram ganhar terreno apoiando Quebec contra Toronto.

Na Irlanda foram hábeis em apoiar os católicos injustiçados há séculos pela política inglesa. 

Muito católico ingênuo caiu no conto do vigário e partiu para a luta armada. Surgiu o IRA. Exército Republicano Irlandês. Terrorismo que abalou a comunidade britânica por bom tempo.

21/11/1920 - Há 100 anos ocorria o Domingo Sangrento na Irlanda

Aqui entra o Papa João Paulo II. O que fez ele? Apoiou o terrorismo “católico”?

Nem de longe. Quem inventou a história que o oprimido tem direito à violência foram os marxistas.  Também tese de Malcom X. Nos meios católicos D. Helder foi quem justificou tal barbárie.

O Papa enfrentou o problema de frente. Inaceitável a violência criminosa em nome de reais injustiças do passado.

Não esqueçamos das novas fontes de discórdias: feminismo desbragado, que odeia homens, casamento e até crianças; a causa e o lobby LGBT; e, finalmente, a ideologia de gênero.

Os vários tipos de marxismo atribuem todos os problemas existentes como fruto da visão cristã no mundo. A consequência tem sido a intolerância religiosa, a destruição de igrejas e símbolos religiosos, e, em alguns países, até mesmo a morte de fiéis cristãos.

Hoje os líderes revolucionários não mudaram sua doutrina. Eles só a disfarçam. Exploram todo tipo de injustiça – ou que afirmem ser injustiça – para avançar com seus ideais.

Precisamos estudar melhor os que pregam o caos. Que vendem ilusões e esperanças. Que sempre prometeram o Paraíso e criaram verdadeiros infernos. 

Até quando seremos ingênuos?