Valter
de Oliveira
Muita
gente boa está desencantada com Dilma e Marina, Aécio e Cia. Têm razão.
Geralmente
essas pessoas são liberais ou conservadoras. Acho que nem sabem disso. Parecem
minoria. Não são. Nem de longe são socialistas. Menos ainda sonham com uma
sociedade não cristã.
Nosso
povo quer igualdade, mas não é igualitário. Quer ter uma vida digna, seus bens,
mas não é invejoso.
Há
décadas sofremos a propaganda e a manipulação ideológica social-marxista.
Apesar disso continuamos a ver na família tradicional um grande valor e
acreditamos que a propriedade é legítima. Só uma minoria insignificante, que
nada aprendeu com a história do socialismo escravizador, afirma que é injusto
ser dono de uma fábrica, de uma loja, de uma fazenda. Só um grupelho continua a
recitar a ladainha que diz que o lucro é mais valia e exploração do homem pelo
homem.
Se
não queremos o socialismo, como se explica a votação do eleitorado? Dilma e
Marina – e até o PSDB – não estão atrelados aos ideais de esquerda? Em
grau maior ou menor estão. Só que a grande maioria do povo pouco conhece de
ideias políticas ou econômicas. E não falo só do povo miúdo de Deus. Falo de
estudantes universitários e de professores. Falo de meu público, com quem
convivo há mais de 30 anos.
Se
eu que acompanho os fatos políticos não consigo saber o que pensam os
candidatos a deputado – são mais de mil – como irá conhece-los meu amigo
Valdomiro, bom pedreiro que mora em Guaianazes?
Nosso
sistema proporcional para o Legislativo só serve para salvar partidos de
aluguel da direita corrupta e os partidos da esquerda radical protegidos pela
esquerda rosada. Para piorar só serve confundir o eleitor, dificultando o
conhecimento dos candidatos e da política. Todo mundo que estuda o assunto sabe
disso.
Resultado:
ficamos discutindo as opiniões – e os programas vazios de 2 ou 3
presidenciáveis – e esquecemos do Legislativo.
Fica
aqui minha sugestão: se você sente que faz parte de uma maioria que não é
ouvida, se acredita que Dilma ou Marina vão continuar a empurrar o Brasil rumo
ao socialismo empobrecedor e desconhecido, ou se desconfia da firmeza de Aécio
na luta por uma sociedade realmente democrática e livre, escolha um deputado
federal ou senador que, no Congresso, saiba enfrentar as arbitrariedades do
Executivo.
Tarefa
fácil? Não. Difícil, muito difícil.
O
que fazer? Procure ver se encontra quem defenda realmente as boas ideias que
você tem. Pode ser mais fácil um propósito: não vote em nenhum candidato de
partido que seja favorável à cultura da morte ou que queira destruir o conceito
de família. Aí você já elimina o PT, o PSOL, e partidos mais à esquerda.
Simplesmente porque eles estão comprometidos programaticamente com tudo o que
significa a violação da verdadeira dignidade humana.
Outro
problema: como apoiar partidos, até com ideias razoáveis, que se coligam com outros que defendem as
barbaridades que criticamos.
É
uma questão séria. Consequência dos descalabros de nossa legislação.
Defendo
que o candidato de um partido que não ponha em seu programa oficial propostas
que ferem o direito natural pode receber nosso voto porque ele, se eleito, não
estará preso a uma norma partidária como acontece com o PT que expulsa de seus
quadros quem for contra o aborto. Poderá seguir tranquilamente sua
consciência. Por outro lado, Fernando
Henrique, tal como o PSOL e grande parte da esquerda, é favorável à
descriminalização da maconha. É opinião dele. Lamentável. Entretanto o PSDB não
vai punir quem defender o contrário. Entre seus candidatos – ou de outros
partidos – você poderá encontrar algum candidato que lhe agrade.
Se
você – e todos nós – tivermos a felicidade de encontrar tais homens e mulheres
de valor estaremos contribuindo para que a política seja o que deve ser: a arte
de procurar o bem comum. Eles poderão lutar contra a política que aí está, ou
seja, a que defende os interesses oligárquicos.
Por
enquanto pouco podemos fazer para mudar esse quadro. Se queremos um novo Brasil
será necessário que derramemos “sangue, suor e lágrimas”. Comecemos por votar
bem, dentro do possível, apoiando os que podem ser verdadeiras lideranças.. Ao
mesmo tempo combatamos toda forma de mal em torno de nós e lutemos para
espalhar bons ideais. Há um outro conceito de política que não devemos
esquecer: “A política é a arte do possível”.
Há
sempre esperança para quem nunca deixa de lutar.
Nota:
(1) Um exemplo é o “cartão” que meu filho Marcelo recebeu em frente à
Faculdade. É da candidata a deputada estadual pelo PSOL, Isa Penna, que defende
: “Legalização da maconha, desmilitarização da polícia e da política, fim do
encarceramento em massa”, etc. O partido também é pró-aborto e contra a família
tradicional. E acredita na quimera do socialismo com liberdade
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