Valter de Oliveira
Estava quase pronto um artigo meu sobre Hillary
Clinton e Obama (1) até que uma simples conversa com meu filho Rafael no carro,
após a escola, mudou meus planos. Explico-me.
Rafael |
O jovem professor Luciano, usando seu grande poder
de criatividade, de modo a despertar nas crianças o bom hábito da reflexão,
montou uma história para lhes explicar o absolutismo. Uma história que levou as
crianças a discutir a responsabilidade dos diferentes personagens. Explicou
tudo e concluiu: “Foi legal”, e ficou quieto. –“E o que mais?”, perguntamos eu
e Sonia. –“Depois, continuou ele, surgiu uma discussão entre as meninas sobre a
eleição presidencial norte-americana e o professor perguntou: se vocês tivessem
que votar em um deles quem escolheriam?”.
Uma delas logo respondeu: -“Não votaria no Trump
porque ele é contra a entrada de imigrantes. Prefiro a Hillary’.
Outra replicou: - “Mas a Hillary é favorável ao
aborto!” (2)
Ao ouvir isso, lembrei-me do artigo
que faltava terminar e pensei com meus botões: vou muda-lo! Vou deixar de lado
tudo o que traduzira. Basta o essencial. É melhor ficar na simplicidade das
crianças.
Aqui no Brasil nossa mídia nos passa
uma cândida imagem de Hillary bem como do presidente Obama, sempre simpático, agradavelmente
eloquente e de gestos comedidos e elegantes.
Só não se fala que ambos aprovam o
chamado “partial abortion”. O que é isso? Simples: Se a mãe ou responsável
permitir, o médico pode matar a criança no instante em que ela está nascendo.
Basta não permitir que ela saia inteira do ventre materno porque aí, já tendo
nascido, seria protegida pela lei. Nasceu uma cidadã americana.
Se parte do corpo da criança estiver
no ventre materno tudo muda. O médico está autorizado a quebrar o crânio da
criança e retirar seu cérebro.
Não vejo nenhuma diferença entre tal
procedimento e aqueles permitidos pela legislação nazista que autorizava o
assassinato de deficientes.
Quase nada também se fala que o
governo americano queria impor sanções a hospitais dirigidos por freiras por se
recusarem a praticar abortos. Graças a Deus elas o venceram na Suprema Corte.
Tampouco se destaca que Obama quer negar o direito de médicos e enfermeiros a
seguirem suas próprias consciências no caso de práticas abortistas.
Entretanto, de acordo com nossa
mídia, Hillary e Obama estão do lado da civilização e dos direitos Humanos.
Sobram críticas a Trump. Com e sem razão. E ninguém explica por que apesar de
tantas falhas de caráter o bilionário tem o apoio de grande parte do
eleitorado.
Será que se mostrássemos a um
esquerdista (de qualquer tendência, do defensor do socialismo real ao
socialismo romântico ou ao ambientalista gnóstico) as barbáries defendidas por
Hillary e Obama ele ficaria horrorizado?
Duvido. A sensibilidade da esquerda é
seletiva. Só choram com o olho esquerdo.
Acho que até o Rafinha já percebeu...
Notas:
1.
O título seria: Hillary Clinton e Obama. O que a mídia
não conta, e seria baseado em artigo de Terence P. Jeffrey, no jornal The Wanderer, o
mais antigo periódico católico norte americano. Clique aqui para ver:
2.
Trump
é vergastado por querer levantar um muro para impedir a entrada ilegal de
mexicanos ao Estado do México. A mídia pouco ou nada fala de outros muros. Você
pode conferir o que é dito sobre três deles. a) um erigido na Trácia, na
fronteira entre a Turquia e a Grécia; b)
o segundo na Hungria, com aproximadamente 160 km; c) o terceiro
construído em Calais, na França, com a ajuda do Reino Unido. Veja nos sites:
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