Introdução
Quem acompanha meu site ou meu blog, ou mesmo quem me segue no FB, procura saber qual é minha orientação ideológica. Um de meus filhos, quando ainda estudante, perguntava-me: - Pai, qual político o sr. segue? Eu respondia: nenhum! Ele ficava confuso porque sabia perfeitamente quem eu criticava ou elogiava e voltava a indagar? E o que somos (às vezes, assim mesmo, no plural)? O sr. não é socialista, eu sei. É liberal? Nacionalista? Resposta: Também não. E lá veio a pergunta final: é o que, então? Respondi: eu sigo a Doutrina Social da Igreja. E ele, meio inconformado: - Beleza, e eu vou chegar no colégio e discutir com meus amigos dizendo que sigo a DSI... E quem lá sabe o que é isso?
Coloquei-me na pele dele. Realmente não era muito fácil discutir nesses termos. Para alguns pode parecer carola. Carolice não ajuda nada. Assim, o conselho era: discuta a ideia, sua fundamentação, suas consequências. É inteiramente possível.
Voltando ao ponto. Realmente a grande maioria não conhece a DSI. Incluindo muitos professores com doutorado, e gente boa que atua nos meios católicos. Quantos de vocês, amigos que estão me lendo, leram as seguintes encíclicas sociais: A Rerum Novarum (Leão XIII - 1891); A Quadragesimo Anno (Pio XI - 1931); A Mater et Magistra(1961); A Populorum Progressio (Paulo VI - 1967); a Octogesima Adveniens e a Centesimus Annus, João Paulo II - 1971 e 1991 respectivamente. E todas encíclicas sociais de grande importância cuja abordagem é baseada na fé e em sólidos e profundos conhecimentos das ciências humanas. Elas e o conjunto da DSI ajudam-nos fortemente a fazer um juizo mais adequado dos múltiplos problemas da sociedade e do homem.
Resumindo o conceito e o objetivo da doutrina social da Igreja podemos dizer:
A expressão "doutrina social da Igreja" (DSI) designa o conjunto da doutrina e orientações da Igreja para os temas sociais. Nela encontramos os pronunciamentos do magistério católico sobre tudo que implica a presença do homem na sociedade. Analisa questões sociais e suas relações com a política e a ética. Tudo, como dissemos , a partir de uma reflexão feita á luz da fé.
A DSI, vejam bem, não é uma ideologia, nem se confunde com as várias doutrinas políticas construídas pelo homem. Ela poderá encontrar pontos de concordância com as diversas ideologias e doutrinas políticas naquilo que elas têm de verdade e favorecem a construção do bem comum, mas irá denunciá-las sempre que se afastarem destes ideais.
Ela busca o desenvolvimento humano integral, que é “o desenvolvimento do homem todo e de todos os homens” (Paulo VI, Carta encicl. Populorum Progressio, 42; Bento XVI, Carta encicl. Caritas in veritate, 8).
A expressão “doutrina social” remonta a Pio XI (Carta encicl. Quadragesimo anno, 1931). Designa o corpus doutrinal referente à sociedade desenvolvido na Igreja a partir da encíclica Rerum novarum (1891), de Leão XIII.
Dito isto vamos ser práticos.
O fim da sociedade e do Estado
Tal como Aristóteles e S. Tomás de Aquino a Igreja ensina que o fim da sociedade é o bem comum. É algo que todos conhecemos e repetimos com frequência.
Bem comum, virtude, espiritualidade
Acontece que, na prática, há uma grande falha sobre o uso do conceito. Com efeito,quem não tem uma visão correta do que é o homem, a sociedade e o Estado julga que bem comum é exclusivamente o bem-estar temporal. Seria uma "qualidade de vida" puramente humana, do aqui e agora. Ora, se o homem não é apenas matéria o bem comum só será atingido quando houver abertura para o transcendente, quando os bens materiais auxiliarem o homem a se desenvolver espiritualmente e amar a Deus. É o que vemos nas palavras de Cristo: "De que adianta ao homem ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma?" (Lucas 4: 5-7)
Em suma,mais do que viver juntos importa ter uma vida virtuosa. Toda a vida social o exige, gostemos ou não. A vida do trabalho, a vida social, as relações políticas exigem laboriosidade, persistência, generosidade, paciência, temperança, justiça, preocupação com o bem comum, em suma caridade. E a caridade entre os homens, só é realmente profunda, estável, duradoura, universal, quando baseadas no amor de Deus.
Qual o conteúdo do bem comum?
Em primeiro lugar o que chamamos de ordem jurídica, ou seja, o reconhecimento dos direitos de cada um, direitos que devem ser tutelados pelo poder público. Em linguagem mais moderna, conformes um Estado de Direito (entendido corretamente, o que nem sempre acontece)
Em segundo lugar, o conjunto de bens espirituais e materiais necessários para que cada um de nós, indivíduos, cada grupo social, possa alcançar sua finalidade temporal. Lembrando: sempre subordinados ao fim eterno.
Por enquanto amigos, é isso Amanhã continuo.
Dito isto vamos ser práticos.
O fim da sociedade e do Estado
Tal como Aristóteles e S. Tomás de Aquino a Igreja ensina que o fim da sociedade é o bem comum. É algo que todos conhecemos e repetimos com frequência.
Bem comum, virtude, espiritualidade
Acontece que, na prática, há uma grande falha sobre o uso do conceito. Com efeito,quem não tem uma visão correta do que é o homem, a sociedade e o Estado julga que bem comum é exclusivamente o bem-estar temporal. Seria uma "qualidade de vida" puramente humana, do aqui e agora. Ora, se o homem não é apenas matéria o bem comum só será atingido quando houver abertura para o transcendente, quando os bens materiais auxiliarem o homem a se desenvolver espiritualmente e amar a Deus. É o que vemos nas palavras de Cristo: "De que adianta ao homem ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma?" (Lucas 4: 5-7)
Em suma,mais do que viver juntos importa ter uma vida virtuosa. Toda a vida social o exige, gostemos ou não. A vida do trabalho, a vida social, as relações políticas exigem laboriosidade, persistência, generosidade, paciência, temperança, justiça, preocupação com o bem comum, em suma caridade. E a caridade entre os homens, só é realmente profunda, estável, duradoura, universal, quando baseadas no amor de Deus.
Qual o conteúdo do bem comum?
Em primeiro lugar o que chamamos de ordem jurídica, ou seja, o reconhecimento dos direitos de cada um, direitos que devem ser tutelados pelo poder público. Em linguagem mais moderna, conformes um Estado de Direito (entendido corretamente, o que nem sempre acontece)
Em segundo lugar, o conjunto de bens espirituais e materiais necessários para que cada um de nós, indivíduos, cada grupo social, possa alcançar sua finalidade temporal. Lembrando: sempre subordinados ao fim eterno.
Por enquanto amigos, é isso Amanhã continuo.
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