Valter de Oliveira
A esquerda voltou às ruas. Voltou a ter público. Com muito
esforço e com a ajuda dos velhos artistas de esquerda e outros companheiros. Devido
a isso houve quem as chamasse de micaretas, um carnaval fora de hora.
Micareta ou não, o que importa, dizem seus líderes, é que a
esquerda voltou a ter gente nas ruas e a mídia engajada garante que suas
manifestações se equipararam às da direita no 7 de setembro.
Será?
Contra o que protestavam?
Contra a PEC da Imunidade Parlamentar, também conhecida como
PEC da Blindagem, e contra a PEC da Anistia, que perdoa os crimes de pessoas
condenadas pelo 8 de Janeiro.
A Gazeta do Povo – que chamou as manifestações de Micareta –
destaca a fala de Boulos:
“Sobre o carro elétrico na Paulista, o principal organizador
do evento (...) o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), discursou contra a
anistia, enfatizando a narrativa falsa de que quem defende a democracia é a
esquerda”.
A questão aqui é que Boulinhos finge não saber que há vários
entendimentos sobre o que é democracia. Países do leste europeu, outrora
dominados pelo comunismo eram chamadas de Repúblicas democráticas. Já a
democracia liberal, que até certo ponto é o que temos no Brasil e nos EUA, é
tida pelos socialistas como “democracia burguesa” que tem que ser combatida e
superada pelo avanço dos ideais revolucionários marxistas. Com passagem pela “ditadura
do proletariado”, não é mesmo sr. Boulos?
Também a deputada federal Tábata Amaral – a jovem que nas eleições
finge se distanciar da esquerda - discursou dizendo: “De um lado os
corruptos e bolsonaristas, do outro o povo brasileiro, que quer a reforma do
imposto de renda, quer poder andar em segurança, quer educação de qualidade, e
não mais privilégio para corrupto”, disse ela.
É mesmo sra. Tábata?
Eu - e milhões de brasileiros – também somos povo brasileiro.
Também defendemos a reforma do imposto de renda, queremos andar em segurança,
ter educação de qualidade, sem privilégios para corruptos. E mil outras coisas
necessárias para melhorar nosso país. E não somos de esquerda, graças a Deus.
Só umas perguntinhas: no governo atual, que a sra. apoia e
louva, não há ninguém que tenha sido condenado por corrupção? Em várias
instâncias? E os companheiros do Judiciário? Não têm privilégios absurdos?
Algum projeto de lei seu para combatê-los?
Lembremos também que o 'imparcial" STF já escolheu seu lado. Gilmar Mendes não perdeu a oportunidade para afirmar que as manifestações foram: “prova viva da força do povo brasileiro na defesa da democracia”.
Ia comentar a questão da soberania. Fica para outro post.
Termino
convidando os amigos a verem, na Gazeta do Povo, a visão do jornal sobre as
manifestações.
Um comentário:
Muito bom, Valter. Post curto mas preciso.
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