sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Coisas da Eleição














Valter de Oliveira

1.    Guilherme Boulos e o fim dos privilégios

O candidato pessolinha diz que eliminará rapidamente os privilégios abusivos do Judiciário. Como? Simples: só com uma canetada! Podia ter dito que seria com uma varinha mágica... Deve estar vendo muito Harry Potter... Alguém precisa explicar para o rapaz que ele não é nem Ivan, o Terrível e nem Catarina, a Grande!  Talvez esteja sonhando em ser um Robespierre tupiniquim: uma só ordem e pronto: cabeças rolam...
Menos, sr. Boulos, menos. Ou o sr. não sabe que o Judiciário é um poder autônomo?  Lembre-se que mexer nos privilégios do Judiciário ou de quem quer que seja depende de aprovação do Legislativo.

2.    Os candidatos que reencarnam reis absolutistas.

Na mesma linha vemos candidatos à presidência deseducando a população, já tão carente de formação política. Todos dizem: -“Eu faço! Faremos tantos hospitais, tantas creches, tantas ferrovias, tantas”... E ainda, “criarei um novo pacto federativo... teremos salários iguais para homens e mulheres ...;estabelecerei” ...

Por favor, pelo menos dá para dizer ao povo que precisarão apoio de deputados e senadores?  Dá pra dizer que eles é que fazem as leis? Que  votam o orçamento? Fiscalizam o Executivo? Que podem aceitar ou não medidas provisórias? Que é o Senado quem concorda – ou não – com o a indicação do nome de alguém para ocupar o cargo de ministro do STF?

3.    O vice nazista de Bolsonaro!

Suponha uma notícia bomba: -“Confirmado que general Mourão, vice de Bolsonaro, é oficialmente membro do partido nazista!”.

Pode? Não, não pode. Pelo menos no Brasil, graças a Deus. Nos EUA poderia.  Lá a completa liberdade de opinião e sua manifestação são amparadas pela constituição. Até para nazistas!

Mas se o vice for nazista só por convicção?  Seria possível  tê-lo em uma chapa?

Possível sim. Desejável não. Deveria ser abominado. 

E se for do outro lado? Um vice da extrema esquerda?

Aí começa o mistério. A mídia e os intelectuais de esquerda, que são bem informados, não se escandalizam. Olham até com simpatia partidos marxistas tais como o o PCB, o PSTU, o PCO e um dos piores, o PCdoB que se aliou ao PT com Manuela d'Ávila, candidata a vice de Haddad na campanha presidencial.

E quem é o PCdoB? É o partido brasileiro que defendeu os maiores genocidas do século XX: Stalin e Mao Tsé Tung. Os dois mataram muito mais gente que Hitler. Exterminaram milhões e milhões de pessoas de seu próprio povo. Também eliminaram sem piedade membros do próprio partido, incluindo velhos camaradas de revolução.

Pergunto: por que temos aversão por um candidato nazista e não nos envergonhamos de ver a aliança de vários partidos brasileiros (até de “centro” ) com os maiores genocidas  e torturadores de toda a história?

O que responderiam os nossos partidos de esquerda?

O que diz o PT que colocou Manuela como vice?

O que dizem seus militantes?

Você talvez conheça militantes e até dirigentes desses partidos. Ou intelectuais que os apoiam. Quer perguntar?




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